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“Não somos anti-esporte, somos pro-rentabilidade”.

Foi o que Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, respondeu sobre por que a plataforma de streaming não investe na transmissão ao vivo de grandes eventos esportivos.

A mesma afirmação poderia ter sido feita pelo presidente da Federação Alemã (DFB) após encerrar uma parceria de 77 anos com a Adidas.

Um relacionamento de sete décadas.

A oferta financeira significativamente maior da Nike e o compromisso de desenvolver o esporte feminino, amador e de base foram os principais motivos.

Começando no futebol com forte aposta na década de 1990 com o Brasil, a Nike é claramente líder de mercado.

Cenário global

Ao comparar as empresas americanas e alemãs de vestuário e calçado desportivo, a Nike domina a nível empresarial, de marca e de futebol.

A nível federativo, nos últimos anos, a Nike garantiu as melhores seleções nacionais da Europa, com Inglaterra, Portugal, França, Holanda e, agora, Alemanha.

A Adidas recuperou o contrato com a Itália e continuou com as principais seleções da Argentina e da Espanha, além de seu longo relacionamento com a FIFA, de mais de 50 anos.

Segundo o veículo alemão Bild, o atual contrato entre a Adidas e a DFB está avaliado em 50 milhões de euros anuais.

Estrutura

Todo presidente de clube ou federação quer o melhor contrato do mercado.

“O melhor” pode ser entendido através de diferentes lentes, mas geralmente é visto do ponto de vista financeiro.

Como os patrocínios de vestuário esportivo tendem a ser os mais lucrativos para as propriedades desportivas, se a ativação não corresponder ao esforço de investimento, perde-se uma oportunidade valiosa para ambos.

Diferentemente das vendas constantes dos clubes nas temporadas, as vendas de camisas de seleções ocorrem principalmente em anos de Copa do Mundo, com apenas alguns meses para monetizar a produção de camisas.

Não se trata apenas de taxas, diferentes elementos fazem parte das negociações:

  • Fee de Patrocínio: investimento fixo para aquisição dos direitos
  • Royalties (%): remuneração variável por venda, geralmente com garantias mínimas
  • Permuta (VIK): fornecimento de vestuário esportivo
  • Licenciamento: direito de comercializar produtos licenciados com base em categorias
  • Bônus baseado em desempenho: pagamentos adicionais por resultados esportivos
  • Duração: os contratos geralmente são construídos nos ciclos da Copa do Mundo.

Conclusão

É importante compreender a relevância das empresas de vestuário e calçado esportivo em comparação com as propriedades desportivas.

Embora o negócio da Nike gere receitas anuais de 42 bilhões de euros, o clube que mais gera é o Real Madrid, com 831 milhões de euros.

50x mais.

A escala é uma das contribuições mais fortes de parceiros como Nike ou Adidas, ajudando as propriedades esportivas a vender a qualquer hora e em qualquer lugar.

Porém, a paixão é o que torna o futebol diferente.

Apenas algumas empresas privilegiadas atingem o nível de envolvimento emocional que os clubes têm.

Enquanto a Nike Football tem 46 milhões de seguidores no Instagram, o Real Madrid tem 154 milhões.

A próxima Copa do Mundo da FIFA acontecerá na casa da Nike, uma oportunidade de ouro para a empresa americana expandir sua liderança sobre a Adidas.

Com o contrato da Federação Alemã, a Nike vence mais uma batalha sobre a Adidas.

Não há lealdade, mas sim decisões de negócios racionais.

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