fbpx

Sob pressão do governo Trump, 80% das multinacionais americanas mudaram suas políticas de ESG para evitar riscos legais e políticos.

Esse cenário impõe um dilema real aos patrocinadores do esporte feminino:

a) Recuar nos patrocínios, cedendo à pressão política
b) Reafirmar o compromisso com na igualdade de gênero

É nessa hora que se vê quem patrocina por convicção e quem só seguiu uma tendência.

A pressão por estabilidade, rentabilidade e segurança é enorme.

Como todo bom patrocínio, a decisão de investir deve responder a critérios de negócio. Patrocinar o futebol feminino faz sentido — se essa escolha aproxima sua marca de um público estratégico.

Segundo a Nielsen, o futebol feminino terá 800 milhões de fãs em 2030 — 60% deles mulheres. O estudo também indica que as mulheres serão responsáveis pelo 75% das decisões de compra nos lares.  

A Eurocopa Feminina da Uefa mostra como o futebol feminino pode crescer com planejamento e investimento consistentes.

De 3,9 milhões de euros em 2005, a previsão de faturamento para 2025 é de 128 milhões — um salto de 33 vezes.

Os contratos comerciais contribuirão com 41 milhões de euros, quase o triplo de 2022 (15,3 milhões) e bem acima da receita por patrocínio da última Uefa Women’s Champions League (9,8 milhões). Em 2017, a receita comercial da Eurocopa Feminina foi de 147.000 euros.

Em 2025, a Eurocopa Feminina tem 15 patrocinadores.

Além disso, a Uefa tem 11 patrocinadores exclusivos dedicados ao futebol feminino:

O que a Uefa fez de diferente?

  1. Criar um plano comercial exclusivo para as competições femininas desde 2017, com projetos específicos para marcas que buscam se conectar com esse público.
  2. Ampliar o alcance por meio de transmissões abertas em mercados estratégicos — parcerias como a da DAZN na Champions têm sido fundamentais.
  3. Promover o impacto social e a qualidade do futebol feminino com campanhas como #WePlayStrong, amplamente divulgadas na mídia

A Eurocopa Feminina, tradicionalmente percebida como um nicho, será transmitida em 190 países, alcançando 500 milhões de espectadores acumulados.

A Uefa sabe que a sustentabilidade financeira é um desafio: a edição de 2025 deve registrar perdas entre 20 e 25 milhões de euros. Mas o investimento visa resultados a longo prazo — nas ligas, nos clubes e na sociedade.

Os patrocinadores da Eurocopa estão fazendo a parte deles.

No cenário global, quem investiu com base em estratégia e convicção vai seguir adiante, mesmo sob pressão.

Já quem patrocinou apenas para sair bem na foto, corre o risco de sair de cena. 

Receba meu post semanal

Esta web usa cookies. Si continuas navegando, aceptas su uso. Saber más. This web uses cookies. If you continue browsing, you accept their use. Esta web usa cookies. Se continuar a navegar, aceita a sua utilização.

ACEPTAR
Aviso de cookies