O patrocinador que estampa sua camisa diz muito sobre você.
Sobre como se posiciona, qual público atinge e qual problema resolve. Não é o mesmo ter Bet365 do que TikTok.
A ausência de um patrocinador também comunica. Assim como uma camisa lotada de marcas.
No Brasil, a média é 5,7 marcas por uniforme. E nossa cabeça só lembra até três.
Então, qual é a melhor estratégia para gerar valor com a camisa?
Simples — mas não fácil: gerar resultado para quem está nela. E o que gera resultado para o patrocinador… é impacto no torcedor.
Foco no patrocinador = foco no fã.
Mas, como pode imaginar, tudo está em constante evolução. As mudanças da sociedade transformam as empresas e, por consequência, as propriedades esportivas precisam evoluir.
O Borussia Dortmund é um exemplo perfeito.
Um clube com raízes locais, que hoje acelera sua internacionalização. O anúncio de um novo patrocinador — presente em mais de 200 países — deixa claro esse movimento.
O mundo do futebol é cada vez mais exigente. Novos investidores, receitas e audiências exigem a clubes como o Dortmund acelerar a internacionalização para manter a competitividade.
Em 2020, o Dortmund adotou uma estratégia inovadora: dois patrocinadores máster na camisa. 1&1 para a Bundesliga, focado no mercado local, e Evonik na Champions e na DFB Cup, com maior projeção internacional.
Em 2025, após anos de crescimento esportivo e internacional, o clube voltou a ter um único patrocinador máster na camisa. Vodafone, anunciada até 2030, uma empresa com necessidades completamente diferentes. Evonik, parceira há 20 anos, permaneceu no clube, mas em outro patamar de patrocínio.
Nas palavras do CEO da Vodafone na Alemanha:
“O BVB esteve na Champions todos os anos na última década. Esta parceria une duas marcas com projeção internacional. Nosso foco é desenvolver novas tecnologias para melhorar a experiência dos torcedores, no estádio e no digital”.
Para a empresa de telecomunicações 1&1, que opera exclusivamente na Alemanha, seguir na camisa com essa nova estratégia seria ineficiente.
Mais do que investimento, o que importa é a capacidade de adaptação do projeto comercial.
O Dortmund hoje é um clube mais internacional, capaz de atender às necessidades de marcas globais como a Vodafone.
No jogo do patrocínio, a única certeza é a mudança.
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